sexta-feira, 20 de junho de 2008

Newton e a gravidade

Apesar da teoria da Gravitação de Newton fazer previsões bem precisas a respeito dos movimento dos objetos que sofrem a influência da gravidade, ela não oferece qualquer informação quanto à natureza dessa força. Newton estava bem consciente desse problema. Em suas próprias palavras:

“É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de algo mais, que não seja material, afetar outra matéria e agir sobre ela sem contato mútuo. Que a gravidade seja algo inato, inerente e essencial à matéria, de tal maneira que um corpo possa agir sobre outro à distância através do vácuo e sem a mediação de qualquer outra coisa que pudesse transmitir sua força, é, para mim, um absurdo tão grande que não creio possa existir um homem capaz de pensar com competência em matérias filosóficas e nele incorrer. A gravidade tem de ser causada por uma agente, que opera constantemente, de acordo com certas leis; mas se tal agente é material ou imaterial é algo que deixo à consideração dos meus leitores.”

Isaac Newton, Sir Issac Newton’s Mathematical Principle of Natural Philosophy and His System of the World, trad. A. Motte e Florian Cajori (Berkley: University of California Press, 1962), vol. I, p. 634.

Newton sabia como aplicar a teoria da gravitação universal, mas conforme o texto fica claro que ele não entendia o porquê. Ele afirmou que não podia existir um homem capaz de entende-la. A verdade é que esse homem surgiu e mostrou que não existia força a distância, mas sim uma distorção do espaço que fazia com que os corpos se aproximassem. Essa é a teoria da relatividade geral, de Einstein.

Dois grandes gênios da ciência com consciência de suas genealidades.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo post Orival, parabéns pelo blog!

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